É uma doença causada por um vírus que pode ser encontrado no fluxo ocular e nasal. É encontrado também no sangue circulante do enfermo durante sua evolução, determinando vários sintomas abaixo descritos.
O agente etiológico da cinomose - O CDV - é um vírus da gênero dos morbillivírus e família Paramyxoviridae, aparentado com o do sarampo humano e da peste bovina. Todos três são RNA (ETTINGER11). Sendo que o CDV foi isolado pela primeira vez em 1905 (TIMBOL15).
A Cinomose Canina é uma doença doença febril, altamente contagiosa, causada por vírus (família Paramyxoviridae).
O vírus é sensível a solventes lipídios e a maioria dos desinfetantes e é instável fora do organismo do hospedeiro. Os filhotes se tornam mais suscetíveis ao vírus quando diminuem os seus títulos de anticorpos maternos proveniente do colostro, isto ocorre em média a partir da 6a. semana. A doença ocorre com maior freqüência em cães jovens, porém cães de todas as idades poderão ser infectados.
O tecido interno dos pulmões quando se inflama sob ação do vírus, determina aparecimento de pneumonia, o mesmo ocorrendo com o revestimento mucoso do estômago e intestinos, determinando gastrite e enterite. Em alguns casos a evolução da doença é predominantemente nervosa, pela ocorrência de inflamação exclusiva da meninge e conseqüente meningite virótica.
Os cães morrem mais de cinomose do que de outra doença infecciosa. Esse é um vírus altamente contagioso que se espalha pelo contato direto ou através do ar. Um cão saudável e forte pode sobreviver à cinomose, normalmente com sintomas relativamente brandos. Por outro lado, se o sistema imunológico de seu cão não tem resistência, todo seu corpo pode ser dominado pelo vírus, bem como bactérias que se aproveitam para causar infecções secundárias.
TRANSMIÇÃO
sua transmissão é principalmente por via aérea, principalmente através dos aerosois de secreções dos animais infectados, que poderão eliminar o vírus por vários meses.
SINTOMAS
Os sinais clínicos, duração e gravidade da doença irão depender de alguns fatores tais como: estado imunológico do animal, virulência da cepa, órgãos afetados pelo vírus entre outros. Os sinais clínicos podem ou não seguir uma cronologia, porém geralmente a Cinomose é uma doença aguda e febril.
Gerais: secreções nasais, conjuntivites, tosse, diarréia, vômito e problemas neurológicos que podem levar o animal à morte.
A cinomose geralmente acontece em dois estágios:
1. Três a quinze dias após a exposição ao vírus, o cão desenvolve uma febre, que dura de 1 a 3 dias, não quer comer, não tem energia e seus olhos e nariz começam a gotejar. Outros sinais do primeiro estágio da cinomose são tosse seca, diarréia e bolhas de pus no estômago; e,
2. Algum dia ou semanas após o primeiro pique febril ocorre o segundo pique, podendo durar uma ou mais semanas. A descarga de seus olhos e nariz começa a ficar espessa, amarela e pegajosa - o clássico sinal de cinomose. O segundo estágio da cinomose é ainda mais grave, pois a doença pode começar a afetar o cérebro e até a espinha dorsal. Um cão neste estágio pode babar freqüentemente, sacudir sua cabeça ou agir como se estivesse com um gosto ruim na boca. Às vezes tem convulsões, fazendo com que ande em círculos, caia e chute o ar. Mais tarde, parece confuso, andando a esmo e se encolhendo frente às pessoas. Nesta fase podem surgir também sintomas a nível dos tratos gastrointestinais e respiratório. Através de exames laboratórios do sangue, o médico veterinário, já poderá observar algumas alterações.
Infelizmente, quando a doença chega no segundo estagio, não há muita esperança de sobrevivência para o cão. Os cães que sobrevivem freqüentemente têm danos neurológicos (cérebro e nervos) permanentes. A cinomose também pode se espalhar para os pulmões, causando pneumonia, conjuntivite e passagens nasais inflamadas (rinite); também pode se espalhar para a pele, fazendo-a engrossar, especialmente na planta dos pés. Essa forma de cinomose é chamada de doença da pata grossa. A cinomose tem mais probabilidade de atacar cães filhotes de nove a doze semanas de idade, especialmente se vierem de um ambiente com muitos outros cães (abrigo de animais, loja de animais, canis de criação).
FORMAS CLÍNICAS DA DOENÇA
RESPIRATÓRIO - os sintomas clínicos mais comuns são: corrimento nasal mucopurulento; descargas nasais; dispnéia, acumulo de material mucopurulento no canto medial dos olhos; tosse seca que poderá se tornar úmida e produtiva, apatia e anorexia (perda do apetite). Inflamação da faringe e laringe provocando tosse, assim como da traquéia e dos próprios pulmões, ocorrendo pneumonia.
Uma infecção bacteriana secundária tanto no trato respiratório quanto digestivo vêm num estágio mais avançado da doença, causando aparecimento de lesões mais graves além de corrimentos purulentos. De início ocorrem em geral vômitos, corrimento seroso nos olhos e nariz para em seguida o corrimento se transformar em purulento por associação bacteriana.
DIGESTIVA - A nível do trato gastrointestinal os sinais comumente encontrados são: vômitos e diarréias podendo ser estas catarrais e/ou hemorrágicas.
O aparelho digestivo é o predominantemente afetado, com vômitos e diarréia, de início serosa para se tornar hemorrágica e purulenta em seu final.
NERVOSA - Com o agravamento da doença, pode ocorrer o aparecimento de sintomatologia nervosa quando o sistema nervoso é afetado. A partir deste momento a probabilidade de recuperação se tornam mais remota, existindo uma gama de sintomas neurológicos, tais como: convulsões, enfraquecimento e paralisia dos membros, principalmente os posteriores, sintomas cerebelares (tremores de cabeça, hipermetria) e vestibulares(cabeça pêndula, ataxia, nistagmo).
Ocorre ainda contração localizada de um músculo ou grupo de músculos (tiques, espasmos), ataques convulsivos caracterizados por movimentos de mastigação da mandíbula com salivação, que se tornam mais freqüentes e graves. Observam-se, ainda, movimentos de andar em circulo e "pedalar", usualmente com micção e defecação involuntária.
Predominantemente sinais nervosos, com sintomas típicos de encefalite, como convulsão. Ocorre ainda contração localizada de um músculo ou grupo de músculos (tiques, espasmos), ataques caracterizados por movimentos de mastigação da mandíbula com salivação, que se tornam mais freqüentes e graves. Observa-se ainda movimentos de andar em circulo e "pedalar", usualmente com micção e defecação involuntária
CUTÂNEA - É a forma mais benigna da doença, quando os sinais comprovados são unicamente na pele (vesículas e mesmo pústulas), ou mucosas, aparecendo conjuntivites serosas breves, tendo evolução para cura rápida sem maiores complicações. Os animais vacinados que não adquiriram por alguma razão conveniente imunidade, em geral exteriorizam esta forma da doença.
O curso da doença pode ser rápido (10 dias) ou se prolongar por semanas e/ou meses. Os animais que sobreviverem à Cinomose, poderão se recuperar normalmente, ou então, ter seqüelas para o resto de suas vidas, tudo irá depender da gravidade da doença.
Se você não levou seu cão ao veterinário antes deste sintoma aparecer, você deve levá-lo agora..
DIAGNÓSTICO
TRATAMENTO
O tratamento consiste na terapia sintomática e de suporte. Aconselha-se o uso de antibióticos de amplo espectro para controle de infecções bacterianas; fluidoterapia para recuperar o balanço eletrolítico comprometido pelos episódios de vômito e diarréia; complexo B associado a aminoácidos de propriedades neutróficas. A imunoprofilaxia passiva artificial é indicada tanto como preventivo, administrado aos animais que convivam com um CDV positivo, ou como curativo em animais que já apresentem os sintomas. O soro imune pode ser feito a partir de sangue de coelhos saudáveis. Existe no mercado, entretanto, um fármacos disponíveis, dentre eles o Cino-Globulin. Ele consiste numa solução de imunoglobulinas contra os agentes da cinomose, leptospirose e hepatite infecciosa e anticorpos contra os agentes causadores das infecções secundárias: Bordetella bronchiseptica, Streptococcus sp e Salmonella thyphimurium. Como preventivo ele é administrado SC na dose de 0,5 a 1,0 ml/KPV. Como curativo ele é administrado SC na dose de 1,0 a 2,0 ml/KPV com reforço a cada 24/48h.
Se seu cão foi diagnosticado como portador de cinomose, seu veterinário lhe dará fluidos intravenosos para substituir o que ele perdeu, medicamentos para controlar a diarréia e o vômito e antibióticos para combater infecções secundárias
É disponível o chamado Soro Hiperimune (Gama Globulinas específicas), associado aos antibióticos de largo espectro para combate das infeções secundárias concomitantes. Tratamento sintomático, como por exemplo controle do vômito, da gastrite e da conjuntivite que é também oportuno com a finalidade de ser evitado possível complicação como úlcera da córnea e mesmo panoftalmia.
PREVENÇÃO
O vírus tem boa resistência em baixas temperaturas. Já, temperaturas acima de 60ºC o destrói em 30 minutos. Desinfetantes do tipo do Lisol na concentração de apenas 1 % o destrói rapidamente.
A Cinomose é uma doença que pode ser evitada, basta que se siga corretamente as vacinas a partir de 45 dias, consulte o seu veterinário.
IMUNIZAÇÃO
A vacina contra a Cinomose deve ser aplicada de preferência nas fêmeas antes da cobertura, pois terão sua imunidade aumentada para que durante a gestação tenham a oportunidade de através da placenta conferirem a seus futuros filhotes uma razoável imunidade passiva.
Posteriormete ao parto, durante a amamentação, tal imunidade conferida pela vacina aplicada na mãe será transmitida aos filhotes recém-nascidos, pelos anticorpos contidos principamente no primeiro leite, o colostro, protegendo então os filhotes contra a doença até que tenham idade suficiente para que possam ser imunizados com a mesma vacina.
A primeira dose da vacina deve ser aplicada nos filhotes 15 dias após o desmame, por volta de 45 dias de vida.
Revacinações anuais são também recomendadas, tanto aos filhotes quanto aos animais mais velhos susceptíveis de também virem a contrair a doença.
Confira o esquema de vacinação
BIBLIOGRAFIA
http://www.center.vet.br/cinomose.html
http://www.geocities.com/gescanis/cinomose.htm
23 de jul. de 2009
22 de jul. de 2009
PARVOVIROSE
Um cão com parvovirose é literalmente um filhote doente.
A Parvovirose era desconhecida até o verão de 1978 nos Estados Unidos, quando ocorreu de forma epizoótica, e dali espalhou-se rapidamente para o resto do mundo, atingindo inclusive o Brasil, onde hoje existe de forma enzoótica.
É uma das viroses mais conhecidas sendo altamente contagiosa entre os cães domésticos, sendo também chamada de Enterite Canina Parvoviral. Ataca mais cães jovens do que adultos devido, principalmente, a maior resistência destes últimos pela imunidade adquirida naturalmente com o tempo. Dobermanns, Pinchers, Rottweilers e Pitbulls são especialmente suscetíveis à parvovirose
Apresenta alta mortalidade, cerca de 80%, principalmente entre cães jovens, com menos de cinco meses, e de raças puras ou animais fracos ou debilitados por verminoses ou outras moléstias, inclusive carenciais.
A doença é causada por um vírus classificado entre outros que atacam outros animais como ratos, porcos, gado além do próprio homem.
Existe uma pequena possibilidade de infecção no homem pelo parvovírus aparentemente combinado com outros adenovírus, causando alterações no trato respiratório superior com infecções e nos olhos, causando conjutivite. Entretanto, no homem não há gravidade e conseqüências que se apresentam para os cães. Estas circunstâncias, da doença ser comum ao homem e a animais, no caso o cão, a classificam como uma Zoonose.
Poucas doenças causam essa ampla variedade de sintomas graves.
No cão, a doença se estabelece principalmente no aparelho digestivo, provocando elevação da temperatura, podendo atingir 41ºC, sendo que, em animais mais velhos, pode ocorrer diminuição da temperatura (hipotermia). Nessa fase o animal se torna sonolento e sem apetite, logo após tem início a vômitos incoercíveis e diarréia escura com sangue e odor fétido. Alguns animais apresentam, também, tosse, além de inchaço nos olhos ou inflamação da córnea (conjuntivite).
Se a doença afetar seus intestinos, ele ficará gravemente deprimido com vômito, dor abdominal, febre alta, diarréia hemorrágica e falta de apetite. Pois, os intestinos, inflamam-se, principalmente as porções delgadas e com eles também o fígado e seus anexos, adquirindo então as fezes aspecto esbranquiçada ou cinzenta, o que denota deficiência de bile na luz intestinal, como conseqüência da dificuldade de escoamento da mesma (bile), que continua não obstante a ser elaborada no fígado.
Com a evolução da doença, os intestinos ficam fortemente inflamados, principalmente sua camada mais interna, denomina mucosa, com manchas hemorrágicas em quase toda sua extensão.
Quando a parvovirose ataca o coração, os jovens filhotes param mamar e têm problemas em respirar. Acarretado pela inflamação do órgão (Miocardite) causando morte, em geral, repentina de evolução rápida, às vezes em questão de dias ou até horas.Mas, até mesmo quando se recuperam estão propensos a ter falha cardíaca congestiva, o que eventualmente os mata.
TRANSMIÇÃO
É transmitida principalmente pelas fezes, alem das patas, pêlo, saliva de animais infectados pela doença. Também, pode ser transportado nos sapatos das pessoas e em caixas ou camas usadas por cães infectados, que contaminam o ambiente e, conseqüentemente, outros animais, durante um passeio, dentro de casa.
SINTOMAS
Os sinais da parvovirose começam a aparecer de três a quatorze dias após um cão ter sido exposto a ela. A parvovirose pode assumir duas formas: a forma mais comum é caracterizada por diarréia aguda, vômitos, depressão, desidratação, e a outra forma rara por dano ao músculo cardíaco, ambas podem levar o animal à morte.
DIAGNÓSTICO
O diagnóstico deve ser feito também através de exames laboratoriais, pois existem algumas verminoses e intoxicações que podem ser confundidas com a parvovirose, se muito intensas.
Uma vez diagnosticada a Parvovirose, o animal doente deve ser isolado de outros animais e mesmo do homem, afim de impedir a propagação do mal.
TRATAMENTO
O tratamento dos cães acometidos pela doença deve ser feito por um medico veterinário de confiança e consiste basicamente na aplicação via parenteral e mesmo oral de soluções isotônicas de sais minerais, glicose e vitaminas (Vitamina C que ajuda a proteger as mucosas contra a agressão sofrida, e Vitamina B6 que tem efeito anti-hemético) ajudando, assim, na recuperação do animal e prevenindo sua desidratação pelos vômitos e diarréias que são freqüentes e profusos, durante a evolução da doença. Antibióticos, como a Ampicilina e o Cloranfenicol, devem também ser administrados para prevenirem ou combaterem as infecções secundárias que se associam à virose, não tendo, entretanto, qualquer ação contra o vírus causal. Antieméticos e antiácidos também são usados na recuperação do animal.
O tratamento, como no caso de outras viroses, visa dar suporte aos animais para que eles consigam reagir. O período de incubação pode chegar a 12 dias e o animal que sobreviver à doença ficará imunizado temporariamente.
Uma vez diagnosticada a Parvovirose, o animal doente deve ser isolado de outros animais , e mesmo do homem , afim de impedir-se a propagação do mal.
PREVENÇÃO
Para a prevenção da virose existe vacina especificamente preparada por cultura do vírus em ovos embrionários, vacinas essas que conferem imunidade satisfatória, sendo tais vacinas classificadas como de vírus vivo atenuado por passagem em meio de cultura.
IMUNIZAÇÃO
A vacina contra a Parvovirose deve ser aplicada de preferência nas fêmeas antes da cobertura, pois terão sua imunidade aumentada para que durante a gestação tenham a oportunidade de através da placenta conferirem a seus futuros filhotes uma razoável imunidade passiva.
Posteriormete ao parto, durante a amamentação, tal imunidade conferida pela vacina aplicada na mãe será transmitida aos filhotes recém-nascidos, pelos anticorpos contidos principamente no primeiro leite, o colostro, protegendo então os filhotes contra a doença até que tenham idade suficiente para que possam ser imunizados com a mesma vacina.
A primeira dose da vacina deve ser aplicada nos filhotes 15 dias após o desmame, por volta de 45 dias de vida.
Revacinações anuais são também recomendadas, tanto aos filhotes quanto aos animais mais velhos susceptíveis de também virem a contrair a doença.
Confira o esquema de vacinação
No caso de alguém que tenha perdido recentemente um animal pela doença, recomenda-se que um novo cão somente seja trazido para o mesmo ambiente contaminado após um período de tempo que permita, não apenas que o novo cãozinho tenha adquirido a imunidade necessária para sua proteção como também a desinfecção do ambiente contaminado. A desinfecção doméstica ainda é um problema muito sério em relação ao parvovírus, o qual é altamente resistente, principalmente em ambientes que não recebem sol diretamente.
O vírus pode durar de semanas a meses no ambiente. Se o seu cão teve parvo, desinfete completamente tudo o que ele entrou em contato, usando uma parte de alvejante de cloro misturado com 30 partes de água.
A parvovirose, normalmente, não deixa seqüelas e o animal curado ganha peso e volta a se desenvolver. Porém, apesar de contarmos com recursos como soro e plasma hiperimunes, que conferem ao animal anticorpos já prontos no tratamento da parvovirose, ela é uma doença que ainda mata muitos filhotes.
http://www.center.vet.br/
http://casa.hsw.uol.com.br/tratamento-medico-para-caes2.htm
http://www.blacklab.com.br/SAUDEALL.htm
A Parvovirose era desconhecida até o verão de 1978 nos Estados Unidos, quando ocorreu de forma epizoótica, e dali espalhou-se rapidamente para o resto do mundo, atingindo inclusive o Brasil, onde hoje existe de forma enzoótica.
É uma das viroses mais conhecidas sendo altamente contagiosa entre os cães domésticos, sendo também chamada de Enterite Canina Parvoviral. Ataca mais cães jovens do que adultos devido, principalmente, a maior resistência destes últimos pela imunidade adquirida naturalmente com o tempo. Dobermanns, Pinchers, Rottweilers e Pitbulls são especialmente suscetíveis à parvovirose
Apresenta alta mortalidade, cerca de 80%, principalmente entre cães jovens, com menos de cinco meses, e de raças puras ou animais fracos ou debilitados por verminoses ou outras moléstias, inclusive carenciais.
A doença é causada por um vírus classificado entre outros que atacam outros animais como ratos, porcos, gado além do próprio homem.
Existe uma pequena possibilidade de infecção no homem pelo parvovírus aparentemente combinado com outros adenovírus, causando alterações no trato respiratório superior com infecções e nos olhos, causando conjutivite. Entretanto, no homem não há gravidade e conseqüências que se apresentam para os cães. Estas circunstâncias, da doença ser comum ao homem e a animais, no caso o cão, a classificam como uma Zoonose.
Poucas doenças causam essa ampla variedade de sintomas graves.
No cão, a doença se estabelece principalmente no aparelho digestivo, provocando elevação da temperatura, podendo atingir 41ºC, sendo que, em animais mais velhos, pode ocorrer diminuição da temperatura (hipotermia). Nessa fase o animal se torna sonolento e sem apetite, logo após tem início a vômitos incoercíveis e diarréia escura com sangue e odor fétido. Alguns animais apresentam, também, tosse, além de inchaço nos olhos ou inflamação da córnea (conjuntivite).
Se a doença afetar seus intestinos, ele ficará gravemente deprimido com vômito, dor abdominal, febre alta, diarréia hemorrágica e falta de apetite. Pois, os intestinos, inflamam-se, principalmente as porções delgadas e com eles também o fígado e seus anexos, adquirindo então as fezes aspecto esbranquiçada ou cinzenta, o que denota deficiência de bile na luz intestinal, como conseqüência da dificuldade de escoamento da mesma (bile), que continua não obstante a ser elaborada no fígado.
Com a evolução da doença, os intestinos ficam fortemente inflamados, principalmente sua camada mais interna, denomina mucosa, com manchas hemorrágicas em quase toda sua extensão.
Quando a parvovirose ataca o coração, os jovens filhotes param mamar e têm problemas em respirar. Acarretado pela inflamação do órgão (Miocardite) causando morte, em geral, repentina de evolução rápida, às vezes em questão de dias ou até horas.Mas, até mesmo quando se recuperam estão propensos a ter falha cardíaca congestiva, o que eventualmente os mata.
TRANSMIÇÃO
É transmitida principalmente pelas fezes, alem das patas, pêlo, saliva de animais infectados pela doença. Também, pode ser transportado nos sapatos das pessoas e em caixas ou camas usadas por cães infectados, que contaminam o ambiente e, conseqüentemente, outros animais, durante um passeio, dentro de casa.
SINTOMAS
Os sinais da parvovirose começam a aparecer de três a quatorze dias após um cão ter sido exposto a ela. A parvovirose pode assumir duas formas: a forma mais comum é caracterizada por diarréia aguda, vômitos, depressão, desidratação, e a outra forma rara por dano ao músculo cardíaco, ambas podem levar o animal à morte.
DIAGNÓSTICO
O diagnóstico deve ser feito também através de exames laboratoriais, pois existem algumas verminoses e intoxicações que podem ser confundidas com a parvovirose, se muito intensas.
Uma vez diagnosticada a Parvovirose, o animal doente deve ser isolado de outros animais e mesmo do homem, afim de impedir a propagação do mal.
TRATAMENTO
O tratamento dos cães acometidos pela doença deve ser feito por um medico veterinário de confiança e consiste basicamente na aplicação via parenteral e mesmo oral de soluções isotônicas de sais minerais, glicose e vitaminas (Vitamina C que ajuda a proteger as mucosas contra a agressão sofrida, e Vitamina B6 que tem efeito anti-hemético) ajudando, assim, na recuperação do animal e prevenindo sua desidratação pelos vômitos e diarréias que são freqüentes e profusos, durante a evolução da doença. Antibióticos, como a Ampicilina e o Cloranfenicol, devem também ser administrados para prevenirem ou combaterem as infecções secundárias que se associam à virose, não tendo, entretanto, qualquer ação contra o vírus causal. Antieméticos e antiácidos também são usados na recuperação do animal.
O tratamento, como no caso de outras viroses, visa dar suporte aos animais para que eles consigam reagir. O período de incubação pode chegar a 12 dias e o animal que sobreviver à doença ficará imunizado temporariamente.
Uma vez diagnosticada a Parvovirose, o animal doente deve ser isolado de outros animais , e mesmo do homem , afim de impedir-se a propagação do mal.
PREVENÇÃO
Para a prevenção da virose existe vacina especificamente preparada por cultura do vírus em ovos embrionários, vacinas essas que conferem imunidade satisfatória, sendo tais vacinas classificadas como de vírus vivo atenuado por passagem em meio de cultura.
IMUNIZAÇÃO
A vacina contra a Parvovirose deve ser aplicada de preferência nas fêmeas antes da cobertura, pois terão sua imunidade aumentada para que durante a gestação tenham a oportunidade de através da placenta conferirem a seus futuros filhotes uma razoável imunidade passiva.
Posteriormete ao parto, durante a amamentação, tal imunidade conferida pela vacina aplicada na mãe será transmitida aos filhotes recém-nascidos, pelos anticorpos contidos principamente no primeiro leite, o colostro, protegendo então os filhotes contra a doença até que tenham idade suficiente para que possam ser imunizados com a mesma vacina.
A primeira dose da vacina deve ser aplicada nos filhotes 15 dias após o desmame, por volta de 45 dias de vida.
Revacinações anuais são também recomendadas, tanto aos filhotes quanto aos animais mais velhos susceptíveis de também virem a contrair a doença.
Confira o esquema de vacinação
No caso de alguém que tenha perdido recentemente um animal pela doença, recomenda-se que um novo cão somente seja trazido para o mesmo ambiente contaminado após um período de tempo que permita, não apenas que o novo cãozinho tenha adquirido a imunidade necessária para sua proteção como também a desinfecção do ambiente contaminado. A desinfecção doméstica ainda é um problema muito sério em relação ao parvovírus, o qual é altamente resistente, principalmente em ambientes que não recebem sol diretamente.
O vírus pode durar de semanas a meses no ambiente. Se o seu cão teve parvo, desinfete completamente tudo o que ele entrou em contato, usando uma parte de alvejante de cloro misturado com 30 partes de água.
A parvovirose, normalmente, não deixa seqüelas e o animal curado ganha peso e volta a se desenvolver. Porém, apesar de contarmos com recursos como soro e plasma hiperimunes, que conferem ao animal anticorpos já prontos no tratamento da parvovirose, ela é uma doença que ainda mata muitos filhotes.
http://www.center.vet.br/
http://casa.hsw.uol.com.br/tratamento-medico-para-caes2.htm
http://www.blacklab.com.br/SAUDEALL.htm
Assinar:
Postagens (Atom)