22 de jul. de 2009

PARVOVIROSE

Um cão com parvovirose é literalmente um filhote doente.

A Parvovirose era desconhecida até o verão de 1978 nos Estados Unidos, quando ocorreu de forma epizoótica, e dali espalhou-se rapidamente para o resto do mundo, atingindo inclusive o Brasil, onde hoje existe de forma enzoótica.

É uma das viroses mais conhecidas sendo altamente contagiosa entre os cães domésticos, sendo também chamada de Enterite Canina Parvoviral. Ataca mais cães jovens do que adultos devido, principalmente, a maior resistência destes últimos pela imunidade adquirida naturalmente com o tempo. Dobermanns, Pinchers, Rottweilers e Pitbulls são especialmente suscetíveis à parvovirose

Apresenta alta mortalidade, cerca de 80%, principalmente entre cães jovens, com menos de cinco meses, e de raças puras ou animais fracos ou debilitados por verminoses ou outras moléstias, inclusive carenciais.

A doença é causada por um vírus classificado entre outros que atacam outros animais como ratos, porcos, gado além do próprio homem.

Existe uma pequena possibilidade de infecção no homem pelo parvovírus aparentemente combinado com outros adenovírus, causando alterações no trato respiratório superior com infecções e nos olhos, causando conjutivite. Entretanto, no homem não há gravidade e conseqüências que se apresentam para os cães. Estas circunstâncias, da doença ser comum ao homem e a animais, no caso o cão, a classificam como uma Zoonose.

Poucas doenças causam essa ampla variedade de sintomas graves.

No cão, a doença se estabelece principalmente no aparelho digestivo, provocando elevação da temperatura, podendo atingir 41ºC, sendo que, em animais mais velhos, pode ocorrer diminuição da temperatura (hipotermia). Nessa fase o animal se torna sonolento e sem apetite, logo após tem início a vômitos incoercíveis e diarréia escura com sangue e odor fétido. Alguns animais apresentam, também, tosse, além de inchaço nos olhos ou inflamação da córnea (conjuntivite).

Se a doença afetar seus intestinos, ele ficará gravemente deprimido com vômito, dor abdominal, febre alta, diarréia hemorrágica e falta de apetite. Pois, os intestinos, inflamam-se, principalmente as porções delgadas e com eles também o fígado e seus anexos, adquirindo então as fezes aspecto esbranquiçada ou cinzenta, o que denota deficiência de bile na luz intestinal, como conseqüência da dificuldade de escoamento da mesma (bile), que continua não obstante a ser elaborada no fígado.

Com a evolução da doença, os intestinos ficam fortemente inflamados, principalmente sua camada mais interna, denomina mucosa, com manchas hemorrágicas em quase toda sua extensão.

Quando a parvovirose ataca o coração, os jovens filhotes param mamar e têm problemas em respirar. Acarretado pela inflamação do órgão (Miocardite) causando morte, em geral, repentina de evolução rápida, às vezes em questão de dias ou até horas.Mas, até mesmo quando se recuperam estão propensos a ter falha cardíaca congestiva, o que eventualmente os mata.



TRANSMIÇÃO

É transmitida principalmente pelas fezes, alem das patas, pêlo, saliva de animais infectados pela doença. Também, pode ser transportado nos sapatos das pessoas e em caixas ou camas usadas por cães infectados, que contaminam o ambiente e, conseqüentemente, outros animais, durante um passeio, dentro de casa.

SINTOMAS

Os sinais da parvovirose começam a aparecer de três a quatorze dias após um cão ter sido exposto a ela. A parvovirose pode assumir duas formas: a forma mais comum é caracterizada por diarréia aguda, vômitos, depressão, desidratação, e a outra forma rara por dano ao músculo cardíaco, ambas podem levar o animal à morte.

DIAGNÓSTICO

O diagnóstico deve ser feito também através de exames laboratoriais, pois existem algumas verminoses e intoxicações que podem ser confundidas com a parvovirose, se muito intensas.

Uma vez diagnosticada a Parvovirose, o animal doente deve ser isolado de outros animais e mesmo do homem, afim de impedir a propagação do mal.

TRATAMENTO

O tratamento dos cães acometidos pela doença deve ser feito por um medico veterinário de confiança e consiste basicamente na aplicação via parenteral e mesmo oral de soluções isotônicas de sais minerais, glicose e vitaminas (Vitamina C que ajuda a proteger as mucosas contra a agressão sofrida, e Vitamina B6 que tem efeito anti-hemético) ajudando, assim, na recuperação do animal e prevenindo sua desidratação pelos vômitos e diarréias que são freqüentes e profusos, durante a evolução da doença. Antibióticos, como a Ampicilina e o Cloranfenicol, devem também ser administrados para prevenirem ou combaterem as infecções secundárias que se associam à virose, não tendo, entretanto, qualquer ação contra o vírus causal. Antieméticos e antiácidos também são usados na recuperação do animal.

O tratamento, como no caso de outras viroses, visa dar suporte aos animais para que eles consigam reagir. O período de incubação pode chegar a 12 dias e o animal que sobreviver à doença ficará imunizado temporariamente.

Uma vez diagnosticada a Parvovirose, o animal doente deve ser isolado de outros animais , e mesmo do homem , afim de impedir-se a propagação do mal.

PREVENÇÃO

Para a prevenção da virose existe vacina especificamente preparada por cultura do vírus em ovos embrionários, vacinas essas que conferem imunidade satisfatória, sendo tais vacinas classificadas como de vírus vivo atenuado por passagem em meio de cultura.

IMUNIZAÇÃO

A vacina contra a Parvovirose deve ser aplicada de preferência nas fêmeas antes da cobertura, pois terão sua imunidade aumentada para que durante a gestação tenham a oportunidade de através da placenta conferirem a seus futuros filhotes uma razoável imunidade passiva.

Posteriormete ao parto, durante a amamentação, tal imunidade conferida pela vacina aplicada na mãe será transmitida aos filhotes recém-nascidos, pelos anticorpos contidos principamente no primeiro leite, o colostro, protegendo então os filhotes contra a doença até que tenham idade suficiente para que possam ser imunizados com a mesma vacina.

A primeira dose da vacina deve ser aplicada nos filhotes 15 dias após o desmame, por volta de 45 dias de vida.

Revacinações anuais são também recomendadas, tanto aos filhotes quanto aos animais mais velhos susceptíveis de também virem a contrair a doença.

Confira o esquema de vacinação

No caso de alguém que tenha perdido recentemente um animal pela doença, recomenda-se que um novo cão somente seja trazido para o mesmo ambiente contaminado após um período de tempo que permita, não apenas que o novo cãozinho tenha adquirido a imunidade necessária para sua proteção como também a desinfecção do ambiente contaminado. A desinfecção doméstica ainda é um problema muito sério em relação ao parvovírus, o qual é altamente resistente, principalmente em ambientes que não recebem sol diretamente.

O vírus pode durar de semanas a meses no ambiente. Se o seu cão teve parvo, desinfete completamente tudo o que ele entrou em contato, usando uma parte de alvejante de cloro misturado com 30 partes de água.

A parvovirose, normalmente, não deixa seqüelas e o animal curado ganha peso e volta a se desenvolver. Porém, apesar de contarmos com recursos como soro e plasma hiperimunes, que conferem ao animal anticorpos já prontos no tratamento da parvovirose, ela é uma doença que ainda mata muitos filhotes.


http://www.center.vet.br/
http://casa.hsw.uol.com.br/tratamento-medico-para-caes2.htm
http://www.blacklab.com.br/SAUDEALL.htm

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